Antes que alguém pergunte qual é a forma certa, já me adianto dizendo que as duas – impostação e empostação – são válidas. Empostar (ou impostar) a voz significa colocá-la no tom certo. Entende-se como tom certo uma faixa de freqüência onde a voz flui sem esforço excessivo.
É muito comum encontrarmos profissionais que utilizam a voz falada ou cantada como instrumento de trabalho e não a preparam adequadamente para não terem problemas no futuro. Por isso é que insisto em que é fundamental fazer um curso de Impostação da Voz.
O que você entende exatamente por impostar a voz? Será que é ficar com aquela voz empolada, artificial e até brega? Ou será que é colocar a voz num tom agradável, sem fazer qualquer esforço para falar? É lógico que é falar em tom agradável. Inclusive, nos “links” sobre voz fina, voz rouca, voz anasalada e outras deficiências, esses temas são tratados com mais detalhes.
A correção da voz através da impostação se realiza através de exercícios vocais pura e simplesmente, sem a interferência de elementos alienígenas como rolhas, línguas-de-sogra, pedrinhas, chupetas, etc, como ainda defendem alguns fonoaudiólogos e professores de Impostação da Voz. A respeito destes últimos, existem aqueles que “viajam na maionese”, chegando ao cúmulo de exigirem, como relatou recentemente um aluno meu que faz curso de Teatro, que as pessoas sintam a vibração da voz no joelho, na ponta do pé, na testa e até nas nádegas… (já imaginaram ouvir algum dia uma “voz-Tiazinha”?)
Recentemente, participei de um programa na Rádio Imprensa FM, no Rio de Janeiro, onde o radialista Paulo Nobre perguntou-me em que o meu método era diferente dos outros. Respondi que a maioria dos outros métodos se baseava no famigerado primarismo das rolhas e etc, que citei acima, e ele ficou pasmo, querendo saber o tempo todo se não era exagero de minha parte.
Aí, retruquei dizendo que o paciente que se sujeitasse a uma terapia que utilizasse esses métodos jurássicos estaria fazendo papel de palhaço. Convenhamos que é um negócio para lá de ridículo uma pessoa colocar rolhas,chupetas, línguas-de-sogra, pedras, bolas de gás e canudos na boca, ou então ficar fazendo relaxamentos que não tem fim! E um aluno meu chegou a me dizer que a fonoaudióloga que o estava atendendo mandava ele soprar uma língua-de-sogra pelas narinas! Isso, além de totalmente ineficaz, é anti-higiênico, e, no caso específico desse meu aluno, que era um garoto de doze para treze anos, a língua-de-sogra chegava a machucar-lhe as narinas.
Estou dizendo isso tudo com total embasamento científico, pois trabalho com os seguintes médicos otorrinolaringologistas e cirurgiões de cabeça e pescoço: Dr. Mário Jorge Noronha ,Dr. Marcos Sarvat e Dr. Paulo Pontes, este último de São Paulo, que concordam comigo no sentido de que essas técnicas ultrapassadas não têm nenhuma função benéfica para os órgãos fonadores. Inclusive, o renomado Dr. Paulo Pontes chegou a comentar que, em São Paulo, ele está fazendo uma campanha altamente positiva no sentido de tentar convencer os fonoaudiólogos a abandonarem essas técnicas primitivas.Entretanto, ele só conseguiu convencer alguns fonoaudiólogos, já que a maioria insiste em se manter fiel ao ranço tradicionalista.
Na sexta-feira posterior à minha apresentação na Rádio Imprensa, a presidenta do Conselho Regional de Fonoaudiologia pediu espaço no mesmo programa , com o mesmo tempo que eu tinha tido, para defender a ética da classe. O radialista e a emissora, obedecendo à Lei de Imprensa, cederam-lhe o espaço para que ela (pasmem!) defendesse com unhas e dentes a “grande utilidade” das rolhas, chupetas, etc. e tal. Pois bem: quando Paulo Nobre lhe perguntou se essas técnicas eram realmente utilizadas, ela disse que esse era um método comprovadamente bem-sucedido e que o problema não estava nas línguas-de-sogra nem nas rolhas em si, mas na maneira como eram utilizadas(!)… Além disso, ela me acusou de ser antiético “por estar estimulando os pacientes a abandonarem as terapias tradicionais. Ora, será que a maioria dos fonoaudiólogos ainda não se deu conta de que já há um abandono de cerca de 80% das terapias tradicionais por total falta de estímulo ? Por outro lado, quem são os Conselhos Regional e Federal de Fonoaudiologia, assim como a maioria dos colegas de classe – que me perseguem implacavelmente por mais de trinta anos, conforme citei no ‘link’ “QUEM É O FONOAUDIÓLOGO SIMON WAJNTRAUB” – para virem me falar em ética? ESTE PROCESSO FOI ANULADO POR FALTA DE UM EMBASAMENTO JURÍDICO. LEIA MAIS DETALHES SOBRE ESSA NOVELA NO MEU LIVRO.
Por outro lado, é impressionante como alguns fonoaudiólogos que querem expandir seus horizontes tentam se aproximar de mim e recebem uma pressão negativa dos profissionais veteranos, chegando a acreditar nas histórias escabrosas que os “altamente éticos” colegas de classe lhes contam… Já deu para vocês perceberem que, se eu quisesse, poderia estar vivendo exclusivamente de ações de perdas e danos, calúnia e difamação movidas contra os verdadeiramente antiéticos. Mas aviso aos inimigos que está tudo devidamente documentado e arquivado no meu computador.
Tratamentos presenciais e online para todo o Brasil e Exterior.