A representante do CRF – SP vai ao Programa do Jô e passa o maior vexame!
No dia 17 de abril de 2001, o Fonoaudiólogo Simon Wajntraub foi convidado para apresentar o seu método de trabalho no Programa do Jô.
Na entrevista, ele apresentou alguns casos de tratamento da voz fina e propôs que o Jô Soares convidasse pessoas da platéia, para que ele demonstrasse o método, corrigindo alguma deficiência da voz ou da fala que a pessoa pudesse apresentar.
Foi escolhido o Fabinho, que pertencia à produção do programa, e apresentava uma voz infantil, muito fina. Através de exercícios vocais, o Fonoaudiólogo Simon Wajntraub alterou o seu tom vocal, buscando os graves e médios.
O Fonoaudiólogo Simon Wajntraub também apresentou um paciente, o Márcio Araújo, cujo pai fora professor de trompete do Jô Soares. Ele apresentava uma gagueira acentuada quatro meses antes da entrevista, e, na sua apresentação no Programa do Jô, Márcio já falava normalmente.
Apresentou também o caso do Felipe, que era extremamente gago, e, em três meses, apresentou um progresso assombroso.
Por último, apresentou um Promotor de Justiça que possuía uma voz muito fina, chegando ao ponto de ser confundido com mulher ao telefone.
A entrevista durou em torno de 45 minutos. O Fonoaudiólogo Simon Wajntraub contestou os métodos tradicionais dos fonoaudiólogos, que insistem em utilizar rolhas, chupetas, língua-de-sogra, etc.
O paciente Márcio Araújo comentou as tentativas frustrantes de tratamento com rolhas, bexigas, que seus fonoaudiólogos utilizavam sem, sontudo, apresentarem resultados práticos.
A entrevista do Fonoaudiólogo Simon Wajntraub causou incômodo na comunidade dos fonoaudiólogos, que bombardearam a produção do Programa do Jô com pedidos de “direito de resposta”.
Como democrático que é, Jô Soares concedeu esse “direito de resposta” ao Conselho Regional de Fonoaudiologia da Segunda Região, que indicou umaFonoaudióloga para a entrevista que se realizou no dia 23 de maio de 2001.
O Jô iniciou a entrevista dizendo que um dos mostivos para ela estar ali é porque a produção recebeu uma porção de faxes de fonoaudiólogos e pessoas ligadas à Fonoaudiologia falando da entrevista do Fonoaudiólogo Simon Wajntraub. Então, ele pergunta: “O que incomodou aos fonoaudiólogos na entrevista do Simon?”
ENTREVISTADA: “Jô, a Fonoaudiologia trabalha com comunicação humana. Na verdade nós trabalhamos com voz, fala, linguagem, audição, e o Conselho de Fonoaudiologia tem dedicado todo o seu esforço para que a população possa compreender o quanto ela pode contar com o profissional que auxilia a comunicação. Quem se comunica melhor é mais feliz, quem se comunica melhor tem mais emprego, quem se comunica melhor é mais satisfeito do ponto de vista emocional…”
(A pergunta do Jô foi: “O que incomodou aos fonoaudiólogos na entrevista do Simon?”. Como se nota, a entrevistada não respondeu à pergunta)
JÔ SOARES: “Mas, então, ele [Simon Wajntraub] é perfeito!”.
ENTREVISTADA: “Só que a comunicação, Jô, é uma coisa difícil, que do ponto de vista de magia, de uma hora para outra, para você sair se comunicando bem, não é verdade”.
(Como se pode notar da entrevista do Fonoaudiólogo Simon Wajntraub – além de todos os textos publicados aqui e de todas as demais entrevistas dele, também disponíveis neste site –, em nenhum momento ele prometeu qualquer coisa mágica, muito menos que seus pacientes saem “se comunicando bem de uma hora para outra”. O que Simon Wajntraub promete, garante e demonstra é que seus pacientes são atendidos através do melhor método para tratamento dos problemas fonoaudiológicos que apresentem, sem engodos e bugigangas de rolhas, chupetas, línguas-de-sogra e outras quinquilharias da idade da pedra)
ENTREVISTADA: “Então, o que eu gostaria, é aproveitar e dar para você o papel do nosso Conselho, da nossa campanha da comunicação, problemas de audição, voz, fala, escrita, é uma questão de Fonoaudiologia, o trabalho todo que se faz […], é do Conselho Regional de São Paulo, a nossa Conselheira, a nossa Presidente, a Fonoaudióloga Telma costa está aqui na platéia…”
JÔ SOARES: “Cadê a Telma? Fala alguma coisa, Telma! Ora, Fonoaudióloga calada?!”
O Jô continua a entrevista, indagando:
“O problema da gaueira, por exemplo, que é uma das coisas que o Simon trata, e trata com sucesso […], as pessoas que vieram aqui, comprovadamente – não era uma coisa preparada –, tinham problema de gagueeira, e, pelo método dele, ficaram boas – foi até engraçado porque eu pedi pro David Brasil vir aqui, que é gago, mas a gagueira dele já virou uma coisa profissional, e ele estava com um medo louco de perder a gagueira –, não é válido a pessoa usar métodos, como já ficou provado, através dos séculos, pela própria medicina, pela própria ciência, não é válido experiências diferentes, que à primeira vista podem parecer que estão extrapolando os cânones regulares da técnica, não é válido a pessoa experimentar, se dá certo?”
ENTREVISTADA: “Eu acho que é válido toda e qualquer experiência, desde que ela seja controlada cientificamente, desde que a gente não coloque em risco a população, e muito menos a dignidade de uma categoria profissional”.
(O Fonoaudiólogo Simon Wajntraub concorda em parte com isso: é válida toda experiência cientificamente controlada e que não coloque em risco a saúde do paciente. Mas quanto a colocar em risco a “dignidade de uma categoria profissional”, Simon Wajntraub, que é Fonoaudiólogo também, sustenta a opinião de que dignidade e respeito são coisas que devem ser conquistadas, e não impostas. E não é só ele que sustenta isso: toda a comunidade científica compartilha da opinião de que a vaidade é inútil, é um obstáculo à evolução.
Um dos princípios da Cência dita que: se uma idéia não funciona, ela deve ser descartada, não importando em quem doa a sua perda.
Além disso, a “dignidade” de uma profissão – na verdade, a vaidade de alguns – é uma coisa deveras abstrata para estar acima do bem-estar, da saúde do paciente. Se criticar métodos ultrapassados, retrógrados, da idade da pedra, que não funcionam (ou, se funcionam, funcionam muito mal) – ainda mais quando quem critica apresenta também melhores resultados que os criticados – representa um risco à dignidade de uma profissão, adotar tais métodos, quando desnecessários, é um risco maior à dignidade do paciente. Qual vale mais?
Se a Ciência respeitasse vaidades, jamais evoluiria.)
ENTREVISTADA: “Se eu coloco uma pessoa falando com uma voz que não é sua, que não é natural, que não a representa, ela ativa um outro mecanismo cerebral, e ela é capaz de falar fluente, só que ela não se sente ela”.
JÔ SOARES: “Mas isso não é provado cientificamente, é? Uma pessoa que mudou o seu sentir porque deixou de ser gago?”
ENTREVISTADA: “Não, na verdade, não… Na verdade, o que a gente sabe é que a voz nos representa”.
JÔ SOARES: “Pois é, mas essa mudança mão pode ser para melhor?”
ENTREVISTADA: “Pode, claro. Só que essas estratégias são conhecidas há muito tempo pela ciência, mas elas não curam a gagueira, elas são uma espécie de bengala, uma espécie de recurso paralelo, para a pessoa não gaguejar. Agora, você imagina, Jô, se cada vez que você tivesse que falar, você tivesse que pensar na sua voz, na sua fluência, no seu tom, seria impossível”.
JÔ SOARES: “Mas isso não fica automático?”
A entrevistada não responde a essa pergunta.
Antes, quando ela diz que “seria impossível”, ela parece não ter assistido à entrevista que motivou a ida dela ao Programa do Jô, na qual o Fonoaudiólogo Simon Wajntraub apresenta e demonstra que a cura da gagueira é im possível, conforme provam os depoimentos gravados e ao vivo de seus pacientes.
A entrevista prossegue, e o Jô pergunta: “Ainda se utiliza a rolha?”. A entrevistada responde dizendo que utiliza a rolha como dos seus instrumentos de trabalho. Em seguida, pediu-se ao Alex para que trouxesse as rolhas numa bandeja para demonstração. A entrevistada pediu ao Jô que oclocasse a rolha entre os dentes e que contasse junto com ela de 1 até 20. Depois disso, ela perguntou se a sua articulação havia melhorado, e o Jô respondeu que não. A entrevistada, então, pediu ao Jô que fizesse de novo, e, depois disso, indagou: “Como é que está sua articulação agora?”.
O Jô, morrendo de pena, diz que melhorou.
Então, a entrevistada comenta que os locutores de rádio, tradicionalmente colocam caneta ou lápis entre os dentes para melhorarem a articulação.
(Simon Wajntraub observa que nenhum dos seus pacientes que trabalham com voz, entre eles, muitos locutores de rádio, precisa se socorrer de artifícios como estes, e reitera suas críticas ao uso de tais bugigangas)
A seguir o Jô brinca dizendo: “Quer dizer que a pessoa deve sempre andar com uma rolhazinha no bolso” (o pior é que, pasmem, a entrevistada concorda com isso!), para toda vez que for falar, pedir licença, colocar a rolha na boca e contar até vinte”. A platéia caiu na gargalhada.
Continuando, o Jô abre a gaveta e retira uma chupeta e uma língua-de-sogra pedindo explicações sobre esses recursos, e a entrevistada confirma que estes objetos são utilizados pelos fonoaudiólogos; o o Jô coloca a chupeta na boca e a entrevistada tenta explicar como é utilizado este recurso ultrapassado, mas que não é utilizado com adultos, e, quando o Jô utiliza a língua-de-sogra, pedindo explicações, ela comenta que este recurso é muito pouco utilizado.
Todavia, o Fonoaudiólogo Simon Wajntraub possui mais de 500 gravações de pacientes que tentaram outras terapias e comentam que tiveram que utilizar a língua-de-sogra e chupeta, sendo a maioria deles adultos.
A produção do programa escolheu a entrevista do Fonoaudiólogo Simon Wajntraub para reprisar nas férias, sendo a primeira a ser reprisada, no dia 25 de dezembro, mas não reprisou a entrevista da representante do Conselho Regional de Fonoaudiologia de São Paulo, nem deu atenção aos novos protestos dos fonoaudiólogos que ficaram incomodados com a reprise.
“Se você falar uma coisa, da qual não tem certeza, mas falar bem articulado, você acaba convencendo”. (representante do Conselho Regional de Fonoaudiologia de São Paulo)
O Fonoaudiólogo Simon Wajntraub, mesmo sendo muito bem articulado, prefere falar apenas das coisas de que ele tem certeza, para convencer com fatos e resultados documentados, e não com recursos de linguagem e retóricas bem articuladas.
Por fim, resta observar que, ao contrário do que fez o Fonoaudiólogo Simon Wajntraub em sua entrevista, demosntrando a eficácia de seu método, o Conselho Regional de Fonoaudiologia, na entrevista de “direito de resposta”, não apresentou nenhum e estudo ou resultado que comprovassem a utilidade dos recursos ultrapassados que estavam sendo defendidos em tal entrevista.
Cursos e tratamentos online ou presenciais para todo o Brasil e Exterior.
Tratamentos presenciais e online para todo o Brasil e Exterior.