Deu Branco, Esqueci Tudo!

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Você é uma pessoa super preparada profissionalmente, pós graduação, mestrado, doutorado, além dos cursos de MBA, mas quando está expondo os seus conhecimentos em publico, varias vezes devido a sua insegurança de enfrentar platéias, ocorre o famoso branco, a tendência e desligar os principais sentidos do corpo, fica cego, surdo e mudo, além de um tremor nas mãos e nas pernas, tem duas opções , ou desmaia ou foge durante o evento.

Os profissionais na área de treinamento em cursos de oratória para desinibição adoram ditar regras primarias com o objetivo de disfarçar essa insegurança temporária, o mais comum é orientar o palestrante para beber água, com isso ele consegue um tempo para acalmar, mas é lógico que tal artimanha não funciona, ao retornar a adrenalina entra em ação e você volta a ficar tenso e tímido, agora imagina as pessoas ficarem bebendo água em excesso, em pouco tempo elas terão que interromper a apresentação para urinar, e uma pessoa sob emoção muito forte tende a urinar demasiamente e até evacuar com mais constância.

Outro conselho sem nexo é orientar o palestrante a fixar o seu olhar no fundo do auditório sem encarar as pessoas da platéia, a conclusão é que você estará falando para uma platéia do além. É tão agradável conversar com uma pessoa cruzando olhares “olhos nos olhos” transmitimos muito mais segurança, o importante é você olhar para as pessoas que estão assistindo a sua apresentação gradativamente, um pouco para frente após para o lado esquerdo e em seguida para o lado direito do auditório, procure não fixar o olhar só num grupo de pessoas, sempre faça um giro lentamente com os seus olhos.

Outra orientação ridícula e querer interceder na postura do palestrante, como por exemplo exigir que ele junte os pés e fique estático, inclusive com as mãos entrelaçadas para não gesticular. Que absurdo! O importante é você ficar descontraído, gesticular conforme a sua necessidade, se deslocar um pouco no palco. Chega de frescura! Seja o mais autentico possível, o mais importante na humanidade é o diferencial da personalidade dos seres humanos, imagina todo mundo atuando da mesma forma, o mundo perderia toda a graça sem a nossa espontaneidade natural.

Vocês devem estar morrendo de curiosidade para que eu apresente uma solução para que esse branco não ocorra, e quando aparecer, qual a solução?

Nestes quarenta anos de pesquisa a única coisa que deu certo no campo da oratória ligada a desinibição, foi o sistema do clube, que eu implantei desde o inicio do meu trabalho nessa área da comunicação oral.

Estipulo um número médio de aulas e após o término deste prazo ele prossegue no curso reciclando sem despesas adicionais.

O mais importante do clube de oratória é que o participante tem a liberdade de ensaiar constantemente na platéia do curso as suas apresentações futuras com antecedência.. Nada melhor para administrar uma fobia social, utilizando as técnicas de uma terapia comportamental “de tanto enfrentar o individuo acaba perdendo o medo”. Essa terapia também e utilizada para as pessoas que tem fobias de andar de elevador, dirigir carro, etc. O psicólogo acompanha o paciente nessas atividades até ele eliminar a fobia ou administra-la.

A vantagem da freqüência dos alunos veteranos para os novatos é que eles atuam como provocadores, estimulando o debate acalorado e concomitantemente a argumentação sob pressão.

Por incrível que pareça no curso tem alunos de 1974, 1980, 1990, 2000, etc. Iniciei minha pesquisa em 1968, atenção não tenho setenta anos como alguns imaginam quando iniciei eu tinha 18 anos de idade hoje estou com 57 anos, nasci em 1950.

O objetivo da minha técnica é estressar a pessoa em publico com muita pressão (leia o link- oratória e argumentação sob pressão) e com esse treinamento constante, o aluno consegue controlar mais a emoção na fobia de falar em publico, eu levo o participante do curso a um extremo durante o treinamento que dificilmente ocorrerá no dia a dia, com isso ele fica bem light nas apresentações.

Um conselho que dou constantemente é utilizar os recursos áudiovisuais para tornar a palestra mais interessante, ficar só falando fica cansativo para a platéia.

Um treinamento muito importante que realizo no curso é de como utilizar esses equipamentos principalmente o Datashow (projetor multimídia) acoplado ao computador projetando a imagem na tela, desenvolvo um treinamento da videoconferência através do SKYPE ou MSN, a utilização correta do microfone e das caixas de som, a filmagem em vídeo, etc. Os alunos com o decorrer do tempo passam a dominar essas tecnologias.

A técnica que realmente tira a tensão do palestrante é a seguinte: – provocar bastante a platéia, instigando para que todos façam perguntas, exigindo até que eles compareçam no palco ou pubito e realizem as indagações no microfone, é muito comum as pessoas entrarem em pânico quando são convidadas a interagirem com o palestrante.

Já fiz essas experiências e realmente é fantástico, quando você assiste as pessoas com o microfone tremendo na mão e apavoradas ao serem convidadas a realizarem as perguntas, você fica bem mais calmo.

Sempre brinco com a platéia deixando-a em polvorosa e após indago: Quem é inibido levanta a mão!

Na maioria das vezes é comum todos levantarem a mão, o recorde foi uma platéia de 2500 (duas mil e quinhentas) pessoas, convidei três para fazerem perguntas a respeito do meu trabalho, o palco era enorme, os três se deslocaram para o palco numa tensão incrível, quando indaguei a platéia as 2500 pessoas responderam que eram inibidos, eu comentei em tom descontraído, “Opa! Vou faturar muito!”


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Autor

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Simon Wajntraub

Fonoaudiólogo e Professor de Oratória com mais de 50 de experiência. Idealizador dos Métodos "Porradaterapia" e "Argumentação sob pressão".

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