A cada dia me convenço mais de que a gagueira pode ser assimilada pela convivência com parentes, amigos e colegas gagos. Vou relatar alguns casos recentes de pacientes gagos que compareceram no meu consultório buscando a cura para a gagueira adquirida.
Uma paciente era tão gaga, que chegava a dar socos na mesa quando gaguejava. Dei uma bronca enorme nela por essa atitude ridícula para evitar a gagueira, assustando as pessoas, que funcionou algumas vezes, mas depois ela ficou com esse cacoete horroroso e a gagueira permaneceu, é claro. Ela comentou que possui 3 filhos, e nenhum assimilou o seu problema na fala, porque, aos três anos, ela informou a todos que a Mamãe era doente e que não imitassem ela, todos já estavam na adolescência e sem gagueira
É muito comum os gagos inventarem cacoetes como esse para impulsionarem a fala, que, com o decorrer do tempo, tornam-se tiques nervosos, e o gago acaba ficando com esses dois problemas.
Outra paciente, que trabalha com BPM, do Paraná, comentou que os seus dois filhos não ficaram gagos porque ela evitava o tempo todo de falar com eles na infância, passando os recados através do esposo para os filhos.
Um e-mail chocante que recebi recentemente foi de uma família de irmãos gagos, que disseram ter adquirido a gagueira porque o Pai maluco ficava em casa imitando um vizinho que era muito gago, e nenhum dos filhos apresentava gagueira antes do pai começar a imitar o vizinho.
Às vezes, os portadores de gagueira ficam perplexos porque, entre vários irmãos, só eles assimilam a gagueira de um parente próximo – pai, mãe, tios, avós. Pode ser porque ele tenha uma afinidade muito grande com esse parente, ou porque carregue, por hereditariedade, fatores semelhantes àqueles que causaram a gagueira no parente.
Uma experiência que faço com os pacientes que apresentam gagueira é inibir totalmente a audição deles, e, com isso, eles falam normalmente. Deste modo, derrubo todas estes teorias ridículas que insistem que a origem do problema é orgânica, e ficam perturbando o paciente com exercícios primários, com rolhas, chupetas, línguas de sogra, técnicas de respiração, massagens, relaxamento, excesso de exercícios orofaciais (boca, lábios, língua, etc.).
Ao lado, vocês podem assistir a um vídeo cômico, de uma Fonoaudióloga representante do Conselho de Fonoaudiologia, tentando me contestar no programa do Jô, e dando um vexame enorme, ensinando estas técnicas ridículas e ultrapassadas.
Lembro-me também de história ridícula de uma Psicóloga do Nordeste que era muito gaga, e ela recordava que, quando ela tinha uns 5 anos de idade, a mãe fazia questão de que ela fosse na casa do avô, que também era gago, para mostrar para ele que a neta apresentava o mesmo problema na fala que o vovô, e, com isso, ele ficaria honrado com a semelhança.
Muita ente que assistiu ao filme O Discurso do Rei, que ganhou o Oscar em 2011, ficou emocionado com a semelhança de história do Fonoaudiólogo Revolucionário da época, na Inglaterra, que tratou do Rei.
Você, que apresenta gagueira muito acentuada, e vai ter um filho, tem duas opções: ou realiza o tratamento para evitar a assimilação da gagueira pela criança, ou escolhe uma das fórmulas acima para não passar a gagueira para o seu futuro filho.
Quem já passou a gagueira para os filhos, não tem mais como voltar: só realizando o tratamento dos dois, pais e filhos.
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