Volto a insistir em um tema chocante que continua aparecendo no meu curso de oratória e terapias para gagueira: Pacientes portadores de gagueira que deixam os familiares em pânico comentando que vão se suicidar devido a deficiência na fala.
Mas todos têm um perfil psicológico muito semelhante, a maioria não têm iniciativa, são acomodados, adoram uma superproteção, não gostam de estudar, são preguiçosos, e ficam o tempo todo se lamuriando que os fracassos profissionais, sociais, culturais e as vezes até sentimentais são devido ao problema de gagueira.
Na primeira consulta eu desmorono toda essa estrutura emocional mostrando imagens de pessoas que apresentavam esse bloqueio na fala, mas conseguiram com um esforço enorme e uma força de vontade incrível, vencer na vida. Lógico que eles, apesar do sucesso, querem atingir a perfeição e eliminam esse bloqueio na comunicação oral.
Os gagos suicidas que tendem a envolverem os familiares numa armadilha deixando todos deprimidos e eles felizes da vida, doidos para não fazerem nada, vibrando por terem alcançado seus objetivos. “Que beleza, ficar em casa sem estudar, sem trabalhar, ir pra balada encher a cara pra tentar soltar a fala, volta no amanhecer, dorme o dia inteiro, fica na internet no MSN sem falar, só escrevendo, ganha um carrão do papai que está morrendo de pena do filhinho doente.” Quando chegam aqui no meu curso relutam muito no inicio em deixarem de ser gagos, já pensou perder esta mordomia toda?
Outros chegam a trabalhar na empresa da família mas não produzem nada, a maioria fica encostada de preferência atuando na área de informática, outros recebem de presente, um pequeno comércio, uma loja, uma franquia, etc.
Imagina, com tanto paparico, se eles terão condições de seguir com o próprio negócio… Mas não tem problema, os pais dão cobertura na parte financeira e cobrem o rombo.
Vocês devem estar achando que estou querendo destruir os gagos que utilizam o problema para se acomodarem, Lógico que não, eu estou procurando alertar os familiares para não entrarem neste jogo psicológico e os gagos que insistem em atrasar a sua evolução como ser humano devem mudar de paradigma e partir com uma energia vital para a luta, que viver no contexto atual com a gagueira não é fácil, mas tem como superar, é só inverter o botão do pessimismo para o otimismo.
Para terminar este tema, até o presente momento, desde 1968, quando iniciei minha pesquisa no campo da comunicação oral, todos os gagos que ameaçaram os seus familiares próximos com o suicídio, nunca completaram tal ato. Mas já vi muitos pais numa depressão profunda que por pouco não assumiram o personagem do filho., e tudo isso por ainda desconhecerem a minha metodologia que comprova: a gagueira tem cura.
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