Médicos Tímidos não são tão raros como se imagina.
Encontrar um médico tímido é muito comum. Eles, na maioria das vezes, são jogados no mercado de trabalho j]ainda na faculdade, nos plantões, na condição de estagiário, onde a fluência na comunicação oral é primordial.
Os pacientes, hoje, são muito exigentes no que tange à troca de informação entre ambos, mas aquele estudante de medicina que, desde o vestibular, teve de praticamente se isolar do mundo para enfrentar a dureza das provas, cujo o índice é o maior de todas as cadeiras profissionais candidato por vaga, após esta pessoa ingressar na faculdade, vem mais pressão estudantil: se não devorar as matérias inseridas no vasto programa da faculdade vai acabar desistindo da profissão.
Após a faculdade, o médico para ter uma formação necessita fazer em média três anos de residência, até agora no total já são nove anos de estudos. Alguns ainda fazem mestrado e doutorado. Será que dá tempo para exercitar a sua comunicação? Será que com esse isolamento dá para ser comunicativo?
Já perceberam que quando uma criança escolhe a profissão de médico para seu futuro e leva a sério esse sonho com apoio dos pais, investindo num ensino de primeira linha, com bons colégios já desde a infância, são pessoas que precocemente são treinadas para ter um poder de responsabilidade e seriedade maior?
Na linguagem popular, são os famosos “CDFs”, que, na maioria das vezes, de tanto se isolarem, acabam ficando inibidos e introvertidos. Enquanto vários jovens estão na balada desde quinta até domingo, os bens comportados estão estudando excessivamente para passarem no vestibular de Medicina.
Não quero dizer que estes jovens serão ótimos profissionais, porque já conheci varias pessoas que levaram a vida na flauta e só a partir da residência médica que passaram a se concentrar mais nos estudos e hoje são profissionais competentíssimos. No meu curso de oratória e argumentação sob pressão já passaram universitários desta área, alguns com sérios problemas na fala, como gagueira, voz fina, voz rouca, troca de letras, o famoso “pobrema”, voz anasalada (lábio leporino e fissura palatina), fala acelerada, fala lenta etc.
Entre os tímidos, inclusive com fobia social, alguns chegam ao desespero de abandonar a faculdade no momento de enfrentar os plantões, vários passam a vida isolados nos consultórios com medo de freqüentar simpósios, palestras, congressos e outros não conseguem nem dialogar com os pacientes exigentes ou comunicativos no consultório.
Lembro-me de um cardiologista muito gago que argumentava que o grande volume dos seus pacientes era composto por pessoas da terceira idade; eles eram muitos falantes e ele só ficava falando sim e não. Hoje, ele é um matraca, fala excessivamente devido a sua recuperação da fala aos 40 anos de idade.
Compareceu no meu consultório um médico que fazia residência na época e apresentava a voz fina e a sua altura era 1.93. Ao telefone todos confundiam com o sexo oposto. A sua vida social estava estagnada, ele nunca havia namorado. Ele tinha 24 anos de idade. Já no primeiro dia alterei a colocação de sua voz e ela ficou bem grave, compatível com o seu porte físico. Logo após, ele passou a frequentar as aulas de oratória em grupo para perder a inibição e argumentar sob pressão. Um ano depois da sua cura, ele compareceu no curso para comemorar e fez o seguinte comentário: “Agora virei um garanhão, estou repleto de mulheres”.
O diferencial do meu curso de oratória é que a platéia é composta de vários profissionais liberais, além de estudantes universitários, adolescentes, executivos, empresários, políticos, o pessoal da terceira idade etc.
Quando os médicos exercitam as suas palestras durante as aulas de oratória através do projetor multimídia e vídeo, os participantes percebem o potencial dos mesmos e passam a freqüentar os seus consultórios. Um cirurgião plástico, por exemplo, chegou a operar 50 pessoas do curso no decorrer de 2 anos que ele freqüentou as aulas. Aliás, com este faturamento, ele inaugurou uma clinica muito bem equipada em Botafogo. Este fato demonstra que as pessoas têm um potencial incrível, mas não conseguem transmitir nada, chegando a prejudicá-las profissionalmente e comercialmente.
Uma orientação muito importante é para os professores universitários exigirem mais a apresentações de trabalhos oralmente dos alunos, para estimulá-los a ficarem mais soltos; quando estes apresentarem fobias de falarem em publico encaminhá-los para curso especifico ou tratamentos psicológicos. Vários psicológicos e psicanalistas encaminham os tímidos para o meu curso de oratória após a terapia ou paralelamente com a finalidade de realizarem uma terapia comportamental através do meu método.
O Dr. Wanes Beraldo Magalhães, ginecologista e obstetra, era uma pessoa muito tímida. Depois de realizar o meu curso, implantou um sistema semelhante nos cursos que dava na residência médica, provocando os alunos para apresentarem as suas opiniões e trabalhos na frente da turma – muitos ficavam apavorados mas, com o tempo, agradeciam ao Dr. Wanes por estarem mais desinibidos e comunicativos.
Vários pais que fizeram meu curso já inscrevem os seus filhos a partir dos oito anos de idade nas aulas de oratória para que eles não passem o sufoco que os seus progenitores sofreram devido a timidez.
Para finalizar, realizo um estudo dos problemas orgânicos da voz e da fala com os otorrinolaringologistas Dr. Marcos Sarvat, no Rio de Janeiro, e Dr. Paulo Pontes, em São Paulo, onde no decorrer do exame da videolaringoscopia, intercedo com exercícios para alterar e corrigir a posição das pregas vocais.
Tratamentos presenciais e online para todo o Brasil e Exterior.